Instagram: como estão sendo julgadas as ações para obter o cobiçado “selo azul”?
Há alguns dias fomos consultados por um influenciador digital que desejava contratar nossos serviços para promover ação judicial contra o Instagram, que na verdade deve ser movida contra o Facebook do Brasil, empresa que administra o Instagram no país.
O influencer estava frustrado diante da postura omissa da empresa frente aos pedidos por ele enviados para obtenção do “selo azul”, aquele que confere autenticidade e qualidade aos perfis que são aprovados no procedimento de verificação de conta na famosa rede social.
Ao receber essa solicitação, nos deparamos com duas opções:
- Aceitar o pedido do cliente, representando-o em juízo, desde que houvesse concordância com o valor dos honorários que entendemos justos para a demanda;
- Fazer uma avaliação sobre a situação do perfil do cliente no Instagram, à luz dos termos de uso da rede social e, sobretudo, do entendimento atual que os tribunais vêm manifestando em ações dessa natureza.
A filosofia do nosso escritório prima pela transparência e por colocar os interesses dos clientes acima dos nossos. Em razão disso, nós nos negamos a vender um serviço se não nos parecer que o objetivo pretendido possa ser atingido.
Por essa razão, estudamos o assunto, cujo sumário foi registrado sob a forma de artigo, recentemente publicado no Canaltech.
Em suma: preferimos não assumir o trabalho, recomendando que o cliente não invista em serviço jurídico cujo resultado, muito provavelmente, não será o esperado por ele, já que nossa avaliação e estudos indicam que ele teria negado pelo Poder Judiciário o pedido contra o Instagram para a exibição do “selo azul” em seu perfil.
Ficamos felizes pelo reconhecimento do cliente com relação à nossa postura, já que, segundo ele, muitos foram os profissionais que se ofereceram para promover a ação, alguns cobrando “valores surreais”, nas palavras dele.
